Quem faz?
As joias passam entre cinco e seis etapas no seu processo de produção. Inicia com o desenho da designer e, na sequência, é preciso de pessoas com sensibilidade e talento para tornar a peça realidade. No lapidário, a pedra vai ganhar forma do desenho; após pronta, vai para o ourives, que é quem vai pegar o metal, a prata ou o ouro, fundir e fazer o molde para base de brinco, anel, colar ou pulseira. Uma vez que esta estrutura está pronta, é a vez do cravador colocar a pedra nesta base e dar vida a esta joia. Mas ainda ela não está pronta. É preciso do polidor e da pessoa que dá banho. Cada uma destas etapas conta com equipes entre três a cinco pessoas.
Lapidário: quem lapida as pedras. Dá forma, facetas e ainda mais brilho às pedras brutas
Afonso: “Me sinto muito bem quando pego uma pedra e começo a lapidar ela. Sinto como se fosse uma terapia ou uma pescaria”.
Emília:
"O meu trabalho é passar o que eu enxergo nas gemas. O mistério, todo esse mundo maravilhoso. Essa incógnita, que mesmo tendo alguns cientistas digam que sabem explicar a natureza… eu quero passar um pouquinho dessa magia das pedras preciosas e o quanto a natureza pode nos proporcionar".
Acreditamos que para esta história ser de fato muito preciosa é necessário um cuidado especial com cada uma das pessoas que fazem parte do nascimento desta peça até chegar a você.
Por isso, valorizamos cada profissional que passa pela história da joia. Entendemos que a designer não é nada sem o ourives, que não é nada sem o lapidário, que por sua vez não é nada sem o cravador...
Cada um é essencial para a existência de uma joia, e ela carrega a energia que começou lá embaixo da terra, mas também conta a história de cada um que passou e passará por este processo.
Kika Olsen, a designer: quem cria a ideia inicial, faz desenho das pedras e das joias
“Me sinto como uma mensageira, carregando uma mensagem muito preciosa do fundo da terra e responsável por através da beleza da joia levá-la até você”, conta.
Ourives: quem dá vida ao desenho, dando forma aos metais
José Luis: “O todo é único e nós fazemos parte do todo. Para muitas pessoas, ter uma joia é como se completar. Algo que estava faltando se completa quando temos este metal em nosso corpo”.
Luiz: “A joia é que me realiza. Eu tenho satisfação de imaginar como vai ficar no final. O processo todo é um prazer muito grande. Gosto de estar descobrindo em cada joia uma coisa diferente”.
Cravadores: quem aplica pedras às joias
Marquiba: o que me fascina na joalheria, acho que é o poder de transformação, a possibilidade de criar ,para nós que trabalhamos na banca ,nós faz pensar em como vamos fazer para deixar uma peça bonita ,tudo e conversado antes de se começar a confeccionar uma joia ,como o ourives vai fazer para ficar confortável na pessoa que vai usar e como fica bom para cravar ,enfim ,se a pessoa que usa se encanta ,nós que fazemos temos o mesmo sentimento ,pode ter certeza, a joia nós faz pensar.
Julio: "Trabalho com isso aproximadamente há 30 anos. Comecei nesta profissão porque já vem de família. E eu, quando menino novo, aprendi e estou aqui até hoje".
Polimento: quem traz ainda mais luz às joias
Carlos: “O que me seduziu em gostar de fazer o que faço, foi entender que todo o processo é dar vida à joia. Eu acabo fazendo a peça, que é uma memória de alguém, a ter mais”
Por trás de cada peça, há algumas mãos por onde as pedras e os metais passaram. Alguns artesãos ficam dias ou semanas trabalhando em um detalhe de cada joia. O processo de desenvolvimento é longo – e pode ir de uma semana a um mês. E a Olsen K se preocupa com a valorização de cada profissional que está manuseando e adicionando suas energias às joias. A cadeia produtiva, como um todo, é formada por uma série de trabalhadores (entre lapidários, ourives, cravadores e polidores) que levam adiante esta técnica tão importante para manter nossos amuletos preciosos em produção para as próximas gerações.







